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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Capitulo 5 "The End²"


Capitulo Cinco

- Quantos anos? – A mulher perguntava para o garoto. Depois de sentarem e conversarem, Arthur lhe contava sobre a prisão.
- 5 anos. Era para ter sido mais, porem me soltaram por bom comportamento. Na verdade eu não entendo, eu matei uma garota.
- Dizem que houve mais casos.
- Quando eu sai daqui eu procurei um emprego. Como não havia comecei a trabalhar por conta própria. Me pagavam para fazer isso.
- Como você teve coragem? – A mulher o repreendia.
- Eu não sei. Na minha cabeça eles mereciam. Eram todos bandidos que já haviam feito mal a alguém.
- Querido, ninguém merece a morte.
- Quando eu a matei, eu abri os olhos para o que eu tinha me tornado. Eu tenho medo de voltar a ser aquela pessoa.
- Se você a amava.
- Eu não a amava. – A mulher o olhou confusa. – Eu passei a amar ao sonhar com ela todas as noites.
- Como tem tanta certeza?
- Eu prefiro pensar assim, do que falar que ela foi amada por uma pessoa tão desprezível quanto aquele Arthur. Eu não sou mais ele, ele não a amava.
- Você quer me contar como aconteceu?
- O que?
- Como você a matou. – O garoto olhou a senhora, que parecia o ouvir com toda a atenção. Em seu olhar não havia nenhum julgamento, apenas compaixão.
- Eu estava a trabalho. Ela se intrometeu e então pedi que ela fosse embora, pois no fundo não queria lhe causar nenhum mal. Eu já havia a feito chorar de mais.
- Tem algo que você não contou para a polícia?
- Na verdade, ninguém de fato comentou que eu a perseguia a um tempo. Apenas que eu a matei porque havia descoberto sobre meu trabalho. Não quis então contar a polícia dos momentos que passamos juntos.
- Algo muito ruim?
- Na verdade não muitas, nada além de ameaças. – Suspirou. – Mas teve um dia em que eu bebi. – Ele parou de falar engolindo o seco.
- Não precisa me contar. – Disse a mulher ao ver as lagrimas do garoto.
- Eu acordei em cima dela, ela estava sem a calça. Aquele dia eu a machuquei, deixei a pior cicatriz que ela poderia ter. Ela podia ter sumido depois daquele dia, mas ela continuou do meu lado. Eu acho que é por isso que eu me entreguei naquele dia, quando eu a vi caída, foi como se eu tivesse perdido a minha alma completamente. Eu acordei tarde demais.

Pagina 4

“Ela me chamou, eu olhei para ela e logo virei o rosto. Ela falava e insistia em tentar ter um dialogo comigo, eu acho que isso é o que mais me dava medo, pois mesmo com tudo, ela nunca desistia de mim. Eu a fiz entrar em minha casa, quando a olhei sabia que não aguentaria a tratar com insignificância. Procurei aquilo que me ajudaria a tomar meu senso mal educado de volta, descia queimando pela minha garganta e eu gostava daquela sensação. Eu a via assustada e gostava daquilo, eu já não estava no controle de nada, em meu corpo havia apenas o álcool que circulava em meu sangue. Mas se realmente não fosse minha culpa eu não me sentiria culpado, mas eu me sinto, por que foi MINHA culpa, eu não devia ter bebido, eu não devia ser tão fraco. Eu estava completamente doido por ela, eu confesso, eu precisava dela, mas tentei a conquistar do modo mais horrível do mundo, a força, e a machucando. Quando eu acordei em cima dela não lembrava exatamente do que havia acontecido, porém aos poucos tudo foi voltando, eu então olhei a garota desmaiada em meu sofá, em seu rosto o lápis borrado e as lagrimas secas em sua bochecha, eu me sentia um lixo, eu era tão desprezível que não controlava meus atos. Eu era um monstro e nunca haveria perdão naquilo que eu fiz. Ela havia pedido para eu parar, ela lutou, e eu não a ouvi. Eu toquei suas mãos geladas e senti um enjoo enorme, um nojo de mim mesmo. Acariciei seu rosto, eu havia a machucado, eu não sei o que acontecia comigo, eu me sentia culpado, e eu chorei, chorei como nunca havia chorado antes, e aquilo para mim não era um bom sinal.”

 Ao final do trabalho comunitário, Arthur seguiu para o hotel onde estava hospedado, ao chegar no quarto viu Isabella com umas sacolas.

- Eu tenho um chave extra. – Ela disse vendo a sua expressão confusa. – Comprei umas roupas e uns sapatos. – Disse indo até a saída. – Estou procurando um lugar para você morar.
- Na minha casa havia roupas.
- Se você for para a sua casa você será morto. – Disse o olhando. – Ninguém de lá quer ver a tua cara.
- Você disse que faz tempo e ninguém lembra.
- Eu disse que a maioria não lembra. Isso não inclui pessoas que amavam a Lua. Ela era amada Arthur, todos das vizinhança adoravam a menina dos cachinhos loiros. Ela cresceu com aquelas pessoas. Se você voltar lá você morre.
- E por que você se importa?
- Se quiser te dou uma carona até lá. – Foi irônica. – Você é idiota? Estou pouco me importando com você. Minha solidariedade tem um limite, então para de se comportar como um babaca e deixa que eu pego suas coisas na sua casa. Me manda uma mensagem com a lista do que quer. – Disse saindo.
- Mas eu...
-Tem um celular na sacola menor. – Saiu fechando a porta.

 Arthur olhou as sacolas e achou um celular novo. Suspirou e entrou nos contatos onde havia apenas o de Isabella.

(...)

- Por que é tão difícil olhar para ele? – Isabella perguntava olhando para o céu nublado. – Por que você faz isso comigo Lua!? – Olhou seu anel. – Amigas para sempre? – Perguntou lembrando.

(...)

 Bateram na porta, Isabella havia esquecido algo? Mas ela tinha uma chave. Olhou pelo olho magico e andou para trás. Ficou em silencio, não era possível. Como haviam o achado ali? Até havia esquecido daqueles que ele entregou.

- ABRE A PORTA EU SEI QUE ESTA AI.

 Arthur pegou sua mochila e colocou o que pode dentro. Jogou as sacolas pela janela, estava no segundo andar e não era tão alto. Pulou, pegando-as e saindo correndo.


Continua...

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