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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A Cura do Câncer "Capítulo Único".

"A cura do Câncer"

Eu era a menina mais aplicada da sala, e passei entre os primeiras colocadas no vestibular de Medicina. Quando descobri o ocorrido, tive o primeiro porre da minha vida.

"cacete, essa ressaca está me matando" Pensei.

E o que as três patetas estão fazendo ao meu lado? rindo da minha cara. Rindo histericamente, contando como eu estava irreconhecível noite passada. As três patetas, mais conhecidas como minhas melhores amigas, que também passaram n vestibular de medicina.

Sinto uma música tocar, era meu celular. Tive vontade de taca-lo na parede, parecia que minha cabeça explodiria a qualquer momento. Número desconhecido, mostrava o aparelho... Quem poderia ser?
Atendi, e era ele. Nunca conseguiria esquecer aquela voz.

'O que você quer?' Perguntei rispidamente. 'Dar os parabéns! Você conseguiu realizar seu sonho'
'Obrigada' Sussurrei. 'Saudade' ele falou em um tom baixo. Incrível como as pessoas depois de uma eternidade, começam a lembrar de nossa existência. 'Você supera' 'Não faz assim' 'Já fiz. Ou melhor, você fez' Desliguei o aparelho.

Deitei a cabeça no travesseiro. Seria pedir muito poder sumir?!

Meu celular toca novamente, e não estou com a mínima vontade de atender. E como imaginara, era ele novamente. Perguntei-lhe o que queria. Estranho. Pediu apenas que abrisse a porta. Mas, por quê?
Desliguei o aparelho novamente, e me direcionei a porta, e fiz o que havia me pedido. Ele estava ali, na minha frente. Aquele sorriso que tanto amava,único capaz de me fazer derreter, fora escondido. Se não fosse seus olhos, realmente não o reconheceria. A quanto tempo não nos vemos, mesmo? Três, Quatro anos? Mais ou menos isso.
Ele cresceu (mais) e eu continuava baixinha. Percebi que seus olhos me fitavam, e seus lábios formarem um sorriso aberto. Eu amava aquele sorriso. Arthur havia me chamado. Acordei então, dos meus devaneios.

Ele deu um sorriso de lado, e implicou com meu tamanho (Certas atitudes nunca mudam). Sorri internamente, Thur continua sendo o garoto que conhecera desde pequena. O garoto que fora o primeiro em tudo em minha vida.

Olhei feio em sua direção, e pedi que parasse o bullying. Começou a rir e me puxou para um abraço. Ah, aquele abraço, aquele cheiro, que saudade eu estava. Fechei os olhos e inalei o quanto pude daquele aroma, queria deixar marcado em cada canto da minha memória.

Uma onda de nostalgia começou a me inundar. 'Eu te amo' 'Eu te amo' 'Amoooor, assume que me ama' 'Te amo mais que tudo nessa vida, mor' 'Estou com saudades' 'Ah, amor. Eu estou com mais'. Milhares de cenas passaram como flashs. 'Quero terminar' 'Okay' 'Não deixa tudo pior, por favor.' 'Okay' 'Eu quero que você seja feliz' 'Te desejo de coração, que sejas feliz, independente de com quem estejas'.

Uma lágrima solitária rolou por minha face, enxuguei rapidamente para que ele não pudesse notar. Tarde demais, ele olhava fixamente para mim, como se pudesse enxergar até minha alma.

Fiz sinal com a cabeça para que ele entrasse, e sorri. Mas, em vez de entrar, continuou parado, me fitando.
'Não vai entrar?' Sorri amarelo 'Não finja' retrucou. 'Fingir?! Fingir o que?' 'Não finja estar bem, quando não está' 'Quem disse que não estou bem? Quem é você pra dizer que estou fingindo?!' 'Sou o cara que é apaixonado por você!' 'Você supera. Supera como EU superei' sorri forçado. 'Superou mesmo?' Já estava ficando chato o fato dele fitar-me nos olhos sempre. 'Quatro anos são o bastante, não acha? Mas e o namoro, como vai? Está feliz? Tirou de si toda aquela confusão? Aposto que sim, afinal escolheu ela, não?!'

'Como assim, escolhi?' Perguntou confuso 'Escolhendo, ué. Você não estava confuso entre eu e ela? Então...' 'Como você descobriu?' 'Acha que sou idiota ao ponto de não saber que havia menina nessa confusão? Mas mudando de assunto, conte-me como vai a relação de vocês. Pensam em casar?' 

Ele olhou-me assustado. 'Como assim casar? Não vou me casar!' 'E porque não irá se casar? Vocês faziam um casal tão lindo.' Franzi o cenho e sorri ironicamente. 'Por que não estou com ela a mais de três anos.' 'Bom saber que toda vez que via vocês de longe, era sem compromisso' Sorri forçado.
O garoto abaixou a cabeça, e sorriu triste. 'Eu queria te esquecer. Eu tinha que fazer isso...' 'E conseguiu?' Dei de ombros. 'Se tivesse conseguido te esquecer, acha mesmo que estaria qui, tentando me acertar contigo?' 'Meio tarde pra isso, não acha?' 'Nunca é tarde pra se criar coragem, e enfrentar seus medos' 'Sabe que é perca de tempo, né?' 'Eu corro atrás' 'E se eu dissesse que não valeria a pena o esforço?' Dei um sorrisinho de lado. 'Eu persistiria. Daria meu melhor dessa vez. Faria com que você me aceitasse me dar uma terceira chance. Correria atrás, até quando meu coração dissesse ''Chega'' e parasse de bombear sangue. Enquanto isso não acontecer, eu não desistirei de ti.' 

Lágrimas caiam sobre minha face, não me importei com sua presença. Encostei-me na parede, e deslizei até o chão. Chorei. Chorei os últimos anos ali, feito uma criança bobona, chorei como se o mundo estivesse a se acabar. Chorei. Soluçava alto. Tremia. Meus olhos se encontravam inchados. E ele me fitava. Maldita mania essa a dele. 

Ele não podia. Não podia, depois de quatro malditos anos,voltar como se tudo fosse igual a antes, por que não era. Eu não era dele. Ele não era meu. A vida fez o favor de colocar um muro entre nós, muro esse que me apoiei esse tempo todo. Ele não poderia simplesmente chegar, destruir meu escudo novamente, falar coisas bonitas, e me ganhar. Eu não sou mais dele.

A quem quero enganar? Eu voltei a ser dele, no momento que ele bateu em minha porta. Mas, eu não podia, não queria maltratar meu coração novamente.

Senti braços me envolvendo, olhei pra cima e era Arthur. Seus olhos estavam inchados. Bobão, havia esquecido o quão chorão era. Beijei a ponta de seu nariz e sorri, foi algo involuntário. O menino sorriu com o carinho e me apertou com mais força, por fim, deixei-me ser abraçada por ele.

'Eu te amo' 'Prova'
Ele pegou minha mão e pôs sobre seu coração, que estava descompensado. 'O amor que sinto por ti, continua sendo o mesmo de quando éramos adolescentes. Coração palpitando, frio na barriga, mãos trêmulas... Eu te amo, menina. Te amo como nunca amei ninguém.'

'Continuo te amando' 'Eu sei que sim' Sorriu. Aquele sorriso era capaz de por fim nas guerras e curar o câncer.

Então, ele beijou-me. Sorri entre o beijo, e afastei-me. Continuamos nos olhando, até eu encostar minha cabeça em seu ombro, igual aos velhos tempos.

E ficamos ali, duas almas, sentadas no chão frio da sala, abraçados, em meio a carícias, com sorrisos bobos nos lábios e pensamentos levemente parecidos. Descobri, que não somos almas pela metade, predestinadas a se completarem, e sim, duas almas inteiras, a fim de fazer com que transborde...






Gente, minha amiga chegou falando que havia lido que um leitor, vive milhares de vidas antes de morrer, então começamos a criar as nossas histórias imaginárias. Está aí a minha ahhahaah. Espero que gostem. Beijos caramelados. Comentem... E ah, fui parar no hospital hoje. Mas, enfim, comeeeentem...

6 comentários:

Comentem, gosto dos comentários!Sem xingamentos okay?